terça-feira, 24 de abril de 2018

Exposições inéditas em Atibaia na 5a Semana André Carneiro.

As exposições ficam abertas até o final de maio no Centro Cultural André Carneiro.








































Na programação da 5ª Semana André Carneiro acontece duas exposições paralelas. A primeira é EspaçoPleno, que propõe uma visão individualizada das 29 pranchas que compõem o livro objeto de mesmo nome. Editado em 1966 pelo Clube de Poesia, EspaçoPleno é o segundo livro de poesia de André Carneiro. Mais que um livro, é um objeto de arte de confecção quase artesanal. A concepção visual foi do artista plástico uruguaio Luis Díaz, que separou cada poema em folhas avulsas acondicionadas numa caixa. As xilogravuras que ilustram os poemas foram impressas no processo tipográfico que imprime um caráter único a cada exemplar. Pela importância alcançada e sua reduzida quantidade, o livro encontra-se arquivado como “obra rara” na Biblioteca Nacional. O livro recebeu o Prêmio “Alphonsus de Guimaraens”, da Academia Mineira de Letras e tem o prefácio do escritor Domingos Carvalho da Silva. A segunda exposição é Colagens/Poemas, onde o homenageado reúne duas de suas habilidades: a colagem e a poesia. São 30 pranchas montadas sobre Duratex no tamanho 30 X 40 cm realizadas nos anos oitenta e representam uma pequena parte da profícua produção de André Carneiro nessa técnica. André adorava recortar, colar e reinventar significados com diferentes materiais: páginas de revistas, fotos, papéis coloridos e outros. Fez isso durante toda vida e usou desse recurso para fazer capas de livro, ilustrações e quadros.  Esse material foi exposto somente no Sesc do Carmo em 1983, portanto inédita em Atibaia. Nelas a poesia e a colagem se fundem não como mera imagem ilustrando a palavra, mas numa perfeita integração.  A apresentação da Mostra será do escritor Carlos Alberto Pessoa Rosa, que chama a atenção para “a sensualidade apresentada através da nudez, traço marcante na estética do autor, e que tem a força do viver, seja a do corpo feminino, seja a da natureza. No agora exposto, tanto nos poemas quanto nas imagens, tudo sugere que ‘no sensível’ não há espaço para gêneros, é tudo uma única coisa, uma máquina em contínuo exercício do gozo”.

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